COMUNICADO DO PAQUE NACIONAL DA GORONGOSA
22 Dezembro 2014
O Parque Nacional da Gorongosa (PNG) e as Cervejas de Moçambique (CDM) assinaram recentemente, na cidade de Maputo, um acordo de parceria, no âmbito do recém-criado Clube Empresarial da Gorongosa, uma iniciativa que pretende encorajar e envolver a comunidade empresarial moçambicana no nobre esforço de restaurar um dos Parques mais emblemáticos em África e no mundo. Ao abrigo deste acordo, a CDM vai desembolsar cento e vinte e cinco mil dólares americanos nos próximos 5 anos para diversas actividades de apoio ao Parque. No decorrer do acto, o Administrador do PNG, Mateus Mutemba, comentou: "É com enorme prazer que registamos a adesão da CDM ao Clube Empresarial da Gorongosa”, salientando que “o sucesso da conservação da biodiversidade no Parque e o desenvolvimento das comunidades vizinhas só será possível com o apoio da comunidade empresarial actuante em Moçambique e de todos os Moçambicanos.”
Por parte da CDM, o Administrador José Moreira afirmou ”Estamos orgulhosos em dar o nosso contributo para a restauração do Parque Nacional da Gorongosa, associando-nos à iniciativa do Governo de Moçambique e do Gorongosa Restoration Project. Estamos comprometidos com o desenvolvimento sustentável do país, por isso apoiamos a protecção e preservação deste Parque, que constitui um riquíssimo património natural de Moçambique.”
Por seu turno, o Presidente do Gorongosa Restoration Project, Greg Carr, manifestou a sua profunda satisfação pela adesão da CDM ao Clube Empresarial da Gorongosa e a sua convicção de que o Parque Nacional da Gorongosa é cada vez mais uma referência global no panorama da conservação e da preservação da biodiversidade.
S0BRE O PARQUE NACIONAL DA GORONGOSA E O PROJECTO DE RESTAURAÇÃO DA GORONGOSA
O Parque Nacional da Goronosa é o mais conhecido parque nacional de Moçambique e situa-se no extremo sul do Grande Vale do Rift Africano. É o lar de alguns dos ecossistemas bologicamente mais ricos e geologicamente diversos do continente Africano. Os seus limites abrangem as grutas e desfiladeiros profundos do Planalto de Cheringoma, as vastas savanas do Vale do Rift e a preciosa floresta tropical húmida da Serra da Gorongosa. No entanto, os ecossistemas foram profundamente afectados durante o conflito civil em Moçambique (1977/1992). Depois da guerra, os caçadores ilegais incrementaram a destuição, e muitas das grandes populações de animais da Gorongosa foram reduzidas em mais de 90%.
O Governo de Moçambique lançou o esforço preliminar para reconstruir a infra-estrutura do Parque Nacional da Gorongosa e restaurar a sua vida selvagem em 1994, quando em conjunto com o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) iniciou um plano de reabilitação - com a assistência financeira da União Europeia e assistência técnica de União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). Foram contratados 50 funcionários novos, a maior parte deles, ex-combatentes. Baldeu Chande e Roberto Zolho, ambos quadros do Parque antes da guerra, voltaram para assumir cargos de liderança, tendo-o feito de forma heróica. Chande era director do programa de emergência e Zolho era coordenador da fauna e flora bravias, assim como da fiscalização. Num período de cinco anos, esta iniciativa do Governo com o apoio do BAD garantiu o restabelecimento dos limites do Paque e sua integridade após os anos de conflito, reabriu cerca de 100 Km de estradas e caminhos, iniciou a desminagem da zona, e formou fiscais na luta contra a caça ilegal, criando desse modo as bases para a restauração do Parque, que Roberto Zolho administrou até 2004.
Em 2005, a Fundação Carr, uma organização dos USA sem fins lucrativos fundada pelo filantropo americano e conservacionista Gregory C. Carr, juntou-se ao Governo de Moçambique no âmbito de um memorando de entendimento para restaurar o Parque Nacional da Gorongosa. A parceria, conhecida como "Gorongosa Restoration Project" (GRP), é um dos mais ambiciosos esforços de restauração de paques jamais tentado (a rstauração também tem beneficiado do apoio da USAID, e de outros parceiros como o PN UD-GEF, o Governo Português, e mais recentemente da Cooperação Irlandesa). O acordo promove o duplo objectivo de restauração de ecossistemas e melhoria do desenvolvimento humano para as comunidades locais. Até agora, o GRP revitalizou equipas anti-caça furtiva; reconstruiu infra-estruturas do parque; realizou a monitorização biológica; reintroduziu herbívoros (zebras/Bois-cavalos/búfalos/elefantes/hipopótamos); construiu infra-estruturas sociais para as comunidades vizinhas, centros de educação e investigação científica; estabeleceu programas de agricultura e de saúde em colaboração com os governos dos distritos vizinhos; tem estado a investir na formação académica e pofissional de jovens Moçambicanos; gera cerca de 500 empregos; plantou cerca de 4 milhões de árvores de espécies nativas na Serra da Gorongosa; e em 2010 o Governo de Moçambique expandiu os limites do Parque para incluir a Serra da Gorongosa e uma zona tampão de 3.300 quilometros quadrados em torno do Parque.
O Governo de Moçambique lançou o esforço preliminar para reconstruir a infra-estrutura do Parque Nacional da Gorongosa e restaurar a sua vida selvagem em 1994, quando em conjunto com o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) iniciou um plano de reabilitação - com a assistência financeira da União Europeia e assistência técnica de União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). Foram contratados 50 funcionários novos, a maior parte deles, ex-combatentes. Baldeu Chande e Roberto Zolho, ambos quadros do Parque antes da guerra, voltaram para assumir cargos de liderança, tendo-o feito de forma heróica. Chande era director do programa de emergência e Zolho era coordenador da fauna e flora bravias, assim como da fiscalização. Num período de cinco anos, esta iniciativa do Governo com o apoio do BAD garantiu o restabelecimento dos limites do Paque e sua integridade após os anos de conflito, reabriu cerca de 100 Km de estradas e caminhos, iniciou a desminagem da zona, e formou fiscais na luta contra a caça ilegal, criando desse modo as bases para a restauração do Parque, que Roberto Zolho administrou até 2004.
Em 2005, a Fundação Carr, uma organização dos USA sem fins lucrativos fundada pelo filantropo americano e conservacionista Gregory C. Carr, juntou-se ao Governo de Moçambique no âmbito de um memorando de entendimento para restaurar o Parque Nacional da Gorongosa. A parceria, conhecida como "Gorongosa Restoration Project" (GRP), é um dos mais ambiciosos esforços de restauração de paques jamais tentado (a rstauração também tem beneficiado do apoio da USAID, e de outros parceiros como o PN UD-GEF, o Governo Português, e mais recentemente da Cooperação Irlandesa). O acordo promove o duplo objectivo de restauração de ecossistemas e melhoria do desenvolvimento humano para as comunidades locais. Até agora, o GRP revitalizou equipas anti-caça furtiva; reconstruiu infra-estruturas do parque; realizou a monitorização biológica; reintroduziu herbívoros (zebras/Bois-cavalos/búfalos/elefantes/hipopótamos); construiu infra-estruturas sociais para as comunidades vizinhas, centros de educação e investigação científica; estabeleceu programas de agricultura e de saúde em colaboração com os governos dos distritos vizinhos; tem estado a investir na formação académica e pofissional de jovens Moçambicanos; gera cerca de 500 empregos; plantou cerca de 4 milhões de árvores de espécies nativas na Serra da Gorongosa; e em 2010 o Governo de Moçambique expandiu os limites do Parque para incluir a Serra da Gorongosa e uma zona tampão de 3.300 quilometros quadrados em torno do Parque.
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Se desejar receber mais informações sobre este assunto, ou se pretender marcar uma entrevista com as pessoas envolvidas no projecto, por favor ligue para Vasco Galante através de +258 822970010 ou envie e_Mail para vasco@gorongosa.net.
(Fim de citação)
NOSSO COMENTÁRIO
O Grupo de Amigos da Gorogosa (GAG), congratu-la por mais esta parceria, que vem engrandecer o recém-criado Clube Empresarial da Gorongosa, felicitando as partes envolvidas no acordo.
Maputo, 22 de Dezembro de 2014
Celestino Gonçalves
(Núcleo Coordenador do GAG)
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